Uma Família de Deus
“Eu serei para vós Pai, e vos sereis para mim filhos e filhas, diz o Senhor Todo-poderoso” 2Co 6.18
Se o próprio Deus Todo-poderoso diz que somos uma família, quem teria a ousadia de dizer o contrário? Infelizmente muitos, olhando o comportamento da igreja, se sentem constrangidos de declarar essa verdade. Mas como concordar com essa mensagem se, as vezes, as atitudes que vemos parecem contradizê-la? Não se desanime, nem se entregue a derrota de não ter conseguido agir como família de Deus. Apenas entenda duas coisas.
Primeiro, vemos a orientação do Pai, sobre como devem se comportar seus filhos. Devemos cuidar uns dos outros, sustentar uns aos outros (Hb 12.12-13), nos alegrar com os que estão alegres e chorar com os que choram (Rm 12.15). Orar uns pelos outros, clamar pela cura e perdão uns dos outros (Tg 5.13-16). Quando um irmão padecer, soframos com ele. Se for honrado, nos alegremos com ele (1Co 12. 25-26). É isso que Deus quer de nós.
Segundo, vemos nossas falhas em seguir aquilo que o Pai nos ordena. Como família, mesmo de Deus, teremos conflitos. Vez por outra falharemos naquilo que o Senhor espera de nós. Então, devemos estar dispostos a perdoar e a pedir perdão; não poucas vezes, mas muitas; quem sabe até 70 vezes 7, e do jeito que nosso Pai nos perdoa (Mt 18.22; Cl 3.13). Nossos irmãos, mais cedo ou mais tarde, irão nos ofender, mas não vão deixar de ser nossos irmãos. Que fazer nessas horas? Perdoe, obedeça a Deus, não ao seu coração, que muitas vezes se endurece. Saiba também reconhecer suas falhas. Vemos muitos fracos na fé, desanimados, desgostosos por causa do que os outros fizeram. No Jardim do Édem, Adão culpou Eva e Eva lançou a culpa na serpente, nenhum deles admitiu a própria responsabilidade. Essa mesma tendência má continua hoje. Muitos cobram dos outros, o que eles mesmos não fazem. O problema nunca será resolvido enquanto sua causa não for removida. Muitas vezes essa causa está em nós, não no outro – lembremo-nos de Caim.
Como você imagina que deva ser a família de Deus? Seja você assim. Não é com gritos de guerra, orações poderosas, músicas inspiradoras, marcha na igreja, lágrimas, risos, emoções ou fervor que se derrota Satanás. Se não houver perdão e reconciliação, seremos vencidos, e todas estas coisas só servirão de motivo de chacota para nosso inimigo (2Co 2.10), e nossa adoração será semelhante à oferta de Caim. Que Deus nos ajude a agir bem (Gn 4.7).
Pr. Moisés Medeiros
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