Não sabeis que os injustos não hão de herdar o reino de Deus? Não erreis: nem os devassos, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os efeminados, nem os sodomitas, nem os ladrões, nem os avarentos, nem os maldizentes, nem os roubadores herdarão o reino de Deus. E TAIS FOSTES ALGUNS DE VÓS; mas fostes lavados, mas fostes santificados, mas fostes justificados em nome do Senhor Jesus e pelo Espírito do nosso Deus.” 1Coríntios 6.9-11

      Não é de hoje que os servos de Deus sofrem esse tipo de rejeição. Por várias vezes o Senhor foi criticado por andar com prostitutas e cobradores de impostos (Lc 15.1-2). A igreja fundada pelo apóstolo Paulo na cidade de Corinto estava cheia de pessoas que no passado haviam sido depravados, idólatras, adúlteros, travestis, homossexuais, ladrões, entre outros. Assim será também em toda igreja que pregue o mesmo evangelho pregado por Cristo e pelos apóstolos, pois esse evangelho é poder de Deus para salvação de todo aquele que crer (Rm 1.16). Se você tem visto vidas serem transformadas ao seu redor, não perca tempo criticando como os religiosos dos dias de Jesus, aos quais ele falou: “...os publicanos e as meretrizes creram; vos, porém, vendo isto, nem depois vos arrependestes para o crer” (Mt 21.32b). Se os que eram últimos aos nossos olhos, entraram no reino de Deus, porque você não poderia ser salvo?

     Não é a gravidade do pecado que impossibilita a salvação, mas a falta de arrependimento. Uns não se arrependem porque acham que não precisam, pensam que estão limpos, mas aos olhos de Deus ninguém é bom, todos pecaram, não há nenhum justo nenhum só (Rm 3.10-12), todos estamos imundos, sujos pelos pecados (Is 64.6) e até que o homem reconheça isso será impossível que se salve pois Cristo não vem salvar justos, e sim os pecadores (Mt 9.12-13). Há também aqueles que, além de não se arrependerem, ainda tentam justificar o pecado. Em nossos dias o Apóstolo Paulo seria visto como preconceituoso e intolerante religioso por causa dos pecados que ele listou no texto acima. Diriam para ele “não julgue para que não seja julgado”, por ter chamado de injustos os praticam esses pecados. Se esse tem sido seu pensamento, reflita no que Deus diz: “Ai dos que ao mal chamam bem, e ao bem mal; que fazem das trevas luz, e da luz trevas; e fazem do amargo doce, e do doce amargo!” (Is 5.20).

     Deixar o pecado não é fácil. Muitos tem escolhido parar de lutar com o pecado, fazendo as pazes com o erro. Muitos tem se iludido com a ideia de que Deus nos ama do jeito que somos, chegando a falsa conclusão de que não é preciso mudar. De fato Deus nos ama, mesmo sendo pecadores. Ele nos viu praticando a injustiça, mergulhados no lamaçal do pecado; e, ao invés de lançar sobre nós seu justo castigo, se importou com o fato de que não iríamos herdar seu reino, e estarmos indo para o inferno. Então Ele enviou seu Filho Jesus Cristo para morrer em nosso lugar e, lá na cruz, sofrer o castigo que nossos atos mereciam. Quando compreendemos esse amor e nos entregamos a Deus, os pecados antes tão preciosos perdem seu valor; passamos a amar ao Senhor e odiar o pecado, dar as costas ao pecado, desprezar o pecado; deixamos de ser sujos para sermos lavados, deixamos de ser culpados para sermos justificados, deixamos de ser impuros para sermos santificados, deixamos de ser condenados para sermos herdeiros de um reino que não pode ser abalado (Hb 12.28) – eis a verdadeira alegria que o pecado não pode nos dar.

     Deus, não levando em conta nossos pecados, tem convidado todos, em todo lugar, a que se arrependam (At 17:30). Mas se depois de tudo, o homem rejeita a graça do Senhor, já não resta mais esperança, senão uma certa expectativa de condenação (Hb 10.26-27): “Como escaparemos nós, se negligenciarmos tão grande salvação” (Hb 2.3a). Que em tua vida você possa experimentar o mesmo que os irmão lá de Corinto. As pessoas podem até dizer de você: “seu passado é sujo”. Isso não terá a mínima importância se Deus dizer: “está lavado, justificado e santificado”. Que Deus lhe ilumine, e que você siga o caminho!
                                                                                       Pr. Moisés Medeiros