“Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, mas só a que for boa para promover a edificação, conforme a necessidade, para que beneficie aos que a ouvem.” Efésios 4.29
         A palavra de Deus nos diz que morte e vida estão no poder da língua (Pv 18.21), que o homem se farta do fruto de seus lábios (Pv 12.14), que a língua é mundo de iniqüidade (Tg 3.6).  Mas também nos diz que se alguém consegue dominar a língua, conseguirá dominar todo o corpo (Tg 3.2).  Amados, que uso temos dado a esse maravilhoso dom que é a fala?
        Com nossa boca podemos evangelizar uma pessoa sem Cristo, e levar salvação a alguém que estava sem Deus e sem esperança nesse mundo (Ef 2.12). Com nossas palavras podemos trazer consolo a um irmão em tribulação, podemos edificar um crente que esteja desanimado ou em fraqueza na fé, podemos discipular um novo convertido (Hb 10.25). Com nossa língua podemos dirigir orações e louvores sinceros ao nosso Deus, e assim termos íntima comunhão com o Pai (Hb 13.15). Tudo isso produzirá bons frutos para nossas vidas e nos fartaremos daquilo que produziu nossos lábios.
        Infelizmente, nossa boca também é capaz de propagar mexericos mentirosos em meio ao povo, produzindo contenda e desconfiança entre os irmãos (Lv 19.16; Pv 6.16-19). Nossas palavras podem desanimar um crente fiel, escandalizar descrentes e afastar novos decididos (Mt 18.6). Nossa língua também pode contar piadas sujas, cantar músicas que exaltam o pecado, falar palavrões, desrespeitar pais e ofender líderes da igreja (Cl 3.8; Hb 13.17). Tudo isso também produzirá frutos em fartura na vida dos que assim usarem a língua, mas não serão bons.
        Que fruto você quer em sua vida? Como você tem usado sua língua? Você entende que tem errado em alguma dessas coisas? Como mudar para melhor? O conselho que dou é que cada um guarde no coração o versículo que está no início desta pastoral. Como o salmista, aprendamos a guardar a palavra no coração para não pecar contra Deus (Sl 119.9-11). Como o salmista, também peçamos ajuda ao Pai, para que nossas palavras o agradem (Sl 19.14).  É assim que conseguiremos ter vitória sobre o males da língua e conseguiremos dominar todo o nosso corpo, todas as áreas de nossa vida. É assim que cada um de nós pode ser livre do naufrágio espiritual.
                                                                  Pr. Moisés Medeiros.

Estamos à véspera de mais um carnaval, o feriado mais esperado do ano para muitos, a festa da carne. Milhões de camisinhas já foram e serão distribuídas, pois nesses dias muitos se entregarão à luxúria e à sensualidade. Milhões de litros de cerveja e outras bebidas serão consumidas, para muitos é o tempo de beber além da conta – isso sem falar nas drogas ilícitas que muitos irão experimentar pela primeira vez. Muitas bandas e trios elétricos circularão em inúmeras festas, sem que as pessoas se importem se o que estão cantando é blasfemo. Diante de tantos atrativos carnais a Bíblia adverte ao homem se quiser ir, vá, mas terás de prestar contas a Deus em juízo por tudo isso. Você é livre para escolher o que plantar, mas não pode mudar o que irá colher.

        Fazer o que então? Afaste da tua carne o mal e o teu coração da ira. De nada adiante ao homem ganhar o mundo todo e perder a sua alma (Mt 16.26). De nada adiante dizer que tem religião, pois a única religião válida para com Deus é aquela que ensina o homem a ajudar os necessitados e a guardar-se incontaminado das coisas do mundo (Tg 1.27). Não adianta dizer que tem Deus no coração, pois os desejos da carne e dos olhos não são de Deus, são do mundo, e quem ama essas coisas, assim faz porque ainda não tem o amor de Deus (1Jo 2.15-17). A única coisa que se pode fazer é arrepender-se e converter-se ao Senhor (At 3.19), é negar a si mesmo e segui-lo (Mt 16.24).

        E não caia na tentação de dizer que é novo, que ainda é jovem e tem muita coisa na vida para aproveitar, pois, é justamente por causa dessas desculpas que muitos não terminam sua juventude. Ao final da cada carnaval a contabilidade é outra – o número de mortos nos acidentes, assaltos e brigas; o número de novos dependentes químicos; o número de novos casos de AIDS e outras DSTs, etc. Quem está a porta do caminho largo, que conduz a perdição é o Diabo (Mt 7.13), e aquilo que oferece ao homem com uma mão,é tomado de volta com as duas. O carnaval é apenas mais um dos laços do passarinheiro (Sl 91.3), e ele vem para matar, roubar e destruir (Jo 10.10). Deus não nos deu nossa vida, nossa juventude e força, para desperdiçarmos tudo com o pecado. 
       
        Lembra-te do eu Criador nos dias da tua mocidade. Vida feliz é aquela que é vivida dentro da vontade de Deus. Jesus é quem tem vida e vida abundante para nos dar. Toda satisfação e felicidade que o ser humano procura, em vão, nos prazeres do mundo, só irá encontrar de verdade nos braços do Pai celestial. Pense nisso, experimente fazer diferente nesse carnaval. Busque a Deus, fomos criados por Ele e só nele encontramos plena razão de viver. Que o Senhor nos abençoe!
                                                                                                   Pr. Moisés Medeiros
“O SENHOR ia adiante deles, de dia numa coluna de nuvem, para os guiar pelo caminho, e de noite numa coluna de fogo, para os iluminar, a fim de que caminhassem de dia e de noite. Nunca se apartou do povo a coluna de nuvem de dia, nem a coluna de fogo de noite.” Êxodo 13.21-22

Assim como o povo judeu, um dia estivemos debaixo da escravidão do pecado e o Senhor teve misericórdia de nós e nos libertou. Nós conhecemos o seu poder, diante do qual drogas, prostituição, idolatria e todo tipo de pecado e laços do inimigo não puderam resistir. Agora estamos livres do nosso Egito, mas é preciso lembrar que a nossa pátria está nos céus, ainda não estamos na nossa terra prometida.

        Antes de chegarmos a nossa pátria celestial temos uma vida de peregrinação no deserto deste mundo. Ninguém ao crer em Cristo pense que estará livre de problemas financeiros, doenças, injustiças, entre outros. Este mundo em que vivemos é um lugar árido, estéril, seco, onde falta justiça e que jaz no maligno e na escuridão (1Jo 5.19). Aqui haverão momentos em que homens maus irão nos bater na face direita, tentar nos tomar a túnica ou nos obrigar a caminhar uma milha (Mt 5.6,39-41). Haverá momentos em que nosso corpo frágil adoecerá quando estivermos fazendo a obra de Deus e em que deveremos tomar medicamentos e estar sob cuidados médicos (Fp 2.25-27; 1Tm 5.23). Pode ser que em algum momento tenhamos dificuldade até para comer (1Co 4.11; Hb 11.37-38). A diferença entre o que serve a Cristo e o que não serve não está na ausência de aflições, mas na paz e no bom ânimo que aquele que venceu o mundo nos dá (Jo 16.33). Tempestades e ventos combaterão a nossa casa, a diferença é que ela continuará de pé, pois está segura sobre a Rocha, Jesus (Mt 7.24-25).

        Deus está conosco no deserto, esta é a diferença. Era uma coluna de nuvem que os acompanhava, não um círculo; o Senhor mostrava a direção e eles podiam ter certeza de que chegariam lá; com Cristo nós “cremos que somos salvos” (At 15.11). No calor escaldante do dia eles tinham sombra; nas angústias e perseguições descansamos à sombra do Altíssimo e temos refrigério para nossa alma (Sl 91.1; 23.1-3). Em meio a escuridão e frieza deste mundo, quando “por se multiplicar a iniquidade o amor de quase todos esfriará” (Mt 24.12) o Senhor é nossa luz, que nos guia pelo caminho da justiça e derrama em nossos corações seu amor (Rm 5.5). Enquanto cresce no mundo o medo e preocupação com tanta criminalidade, maldade, doenças e catástrofes que vemos todos os dias nos jornais; cresce no coração do cristão a esperança de que a nossa redenção está próxima e de que a qualquer momento, ao olhar para o alto, veremos os céus abertos e Cristo vindo sobre as nuvens com seus anjos para nos buscar (Lc 21.26-28).
       
        Como se isso tudo não bastasse o texto ainda nos diz que a coluna de nuvem “nunca se apartou do povo”. Os judeus foram covardemente atacados pelos amalequitas (Ex 17.8ss), mas Deus os livrou; cometeram vários erros no caminho, mas o Senhor os perdoou (Nm 23.21); nunca se apartou deles. Jesus prometeu: “Todo aquele que o Pai me dá virá a mim, e o que vem a mim de maneira nenhuma o lançarei fora” (Jo 6.37). Mesmo quando parecia que os discípulos estavam sozinhos no meio de uma tempestade, o Senhor orava por eles e, no tempo dele, veio andando sobre o mar para salvá-los (Mt 14.23ss). Portanto amados, no tempo da nossa peregrinação, andemos em temor (1Pe 1.17); sem murmurações, sem olhar para trás com saudades do pecado e dando a Deus a honra que ele merece, porque ele tem cuidado de nós (1Pe 5.7). E você! Já entregou a sua vida a Jesus? Pense nessa mensagem e tome logo sua decisão. Ele tem poder de te libertar do seu Egito.
 
                                                             Pr. Moisés Medeiros.