Quem nunca se sentiu desanimado na fé? Há momentos na nossa caminhada, em que a frieza espiritual tenta nos tragar. Falta vontade de meditar na palavra. Ficar em casa se torna mais convidativo que ir pra igreja. Nossas orações se tornam frias, apressadas e sem fé. Nossa língua se torna incapaz de pronunciar um simples “Jesus te ama” a uma alma sem esperança. E o pecado se torna cada vez mais freqüente e as quedas mais feias. O que fazer nessas horas?
Que tal ser teimoso, obstinado, firme nas coisas do Senhor. Vemos na Palavra um homem como o rei Saul que foi persistente, obstinado, em desobedecer a Deus, e foi rejeitado (1Sm 15.22-23). Mas também vemos nas Escrituras um jovem, chamado Daniel, também teimoso como Saul, só que contra as coisas que o afastariam de Deus. Desde o começo determinou no coração não se contaminar com os manjares da Babilônia (Dn 1.8). Ele sequer fez caso da lei que o impediria de orar por 30 dias, foi preso logo no primeiro (Dn 6). Seus amigos, nem a fornalha os convenceu a se dobrar perante a estátua de ouro do rei (Dn 3). É dessa teima que falo.
Nossa carne puxa-nos para o lado oposto, tenta levar-nos para o pecado, não devemos ceder (Rm 13.14), incline-se para o Espírito e você será liberto (Rm 6.16; 8.6). Fale de Jesus para as pessoas, teime contra sua timidez, entregue folhetos, busque do Senhor capacidade e a palavra se tornará como fogo que não se contém no seu interior (Jr 20.9). Ore, mesmo sem vontade, mas ore, pois em alguns dias você estará experimentando aquela doce presença de Deus, da qual os apóstolos não queriam sair quando estavam no monte (Lc 9.33). Vá para a igreja, mesmo quando não estiver com vontade, mesmo com desânimo, pois Deus não deixará de cuidar de ti, nem de falar ao teu coração e você sairá revigorado (Sl 84.10; 133.1). Medite na palavra, leia a Bíblia, pois através dela Deus lhe dará luz, entendimento e fé para continuar (Sl 119.130; Rm 10.17).
Nossa caminhada cristã deve ser uma caminhada para o alto, nosso alvo deve ser alcançar a medida da estatura de Cristo (Ef 4.13; Fp 3.12-14)). Não importa quantos degraus você desceu, dê meia volta e comece a subir novamente. Você não está só, Jesus é contigo para te fortalecer. Tenha a determinação de Daniel e sua vida será como a luz da aurora que brilha mais e mais até ser dia perfeito (Pv 4.18). “Em tempos de guerra, nunca pare de lutar ... O escape, o descanso, a cura, a recompensa vem, sem demora” (Ludmila Ferber)
Pr. Moisés Medeiros
Algumas pessoas acham estranho quando os crentes usam a expressão mundo, como se não fossem desse mundo. Na verdade todo aquele que segue a Cristo não é mais deste mundo, sua pátria passa a ser o céu e ele um embaixador neste mundo (Fl 3.20; 2Co 5.20). Jesus disse orando ao Pai: “Eles não são do mundo, como eu do mundo não sou” (Jo 17.16).
O mundo está debaixo da ira de Deus, eis outro conceito que muitos não aceitam. Dizem: “se Deus existe, que Deus é esse que se ira e castiga?” O Deus da Bíblia é um Deus que se ira, é a ele que pertence a vingança; porém não da mesma forma injusta, impiedosa e desmedida do ser humano. Mas chegará o tempo em que ele derramará sua irá justa sobre a terra.
Jesus ensinou que os dias de sua vinda seriam como os de Noé. A humanidade hoje, assim como nos dias de Noé, tem se afundado no pecado, tem apoiado o que Deus condena e condenado o que Deus aprova, e tem vivido envolvida demais com as coisas desta vida para lembrar-se de seu criador.
Como nos dias de Nóe a palavra tem sido pregada e rejeitada por muitos. E Deus tem tardado o castigo, tem sido paciente, longâmino, tem dado tempo e oportunidade ao homem que cegamente não tem percebido os que estão entrando na arca de salvação que é Jesus.
Como nos dias de Noé um dia a porta da salvação irá se fechar e o juízo de Deus virá do alto, não mais em forma de água, mas de fogo do qual também, nenhum dos que estão fora, irá escapar, pois naquele dia será tarde demais.
Portanto, aproveita a oportunidade que está sendo dada. Um dia você enfrentará ou a morte, ou o Juízo final. Busque ao Senhor enquanto se pode achar, prepara-te para te encontrares com teu Deus, entra na única arca de salvação que é Jesus, pois só com ele estarás salvo, seguro e feliz.
Pr. Moisés Medeiros.
“Eu serei para vós Pai, e vos sereis para mim filhos e filhas, diz o Senhor Todo-poderoso” 2Co 6.18
Se o próprio Deus Todo-poderoso diz que somos uma família, quem teria a ousadia de dizer o contrário? Infelizmente muitos, olhando o comportamento da igreja, se sentem constrangidos de declarar essa verdade. Mas como concordar com essa mensagem se, as vezes, as atitudes que vemos parecem contradizê-la? Não se desanime, nem se entregue a derrota de não ter conseguido agir como família de Deus. Apenas entenda duas coisas.
Primeiro, vemos a orientação do Pai, sobre como devem se comportar seus filhos. Devemos cuidar uns dos outros, sustentar uns aos outros (Hb 12.12-13), nos alegrar com os que estão alegres e chorar com os que choram (Rm 12.15). Orar uns pelos outros, clamar pela cura e perdão uns dos outros (Tg 5.13-16). Quando um irmão padecer, soframos com ele. Se for honrado, nos alegremos com ele (1Co 12. 25-26). É isso que Deus quer de nós.
Segundo, vemos nossas falhas em seguir aquilo que o Pai nos ordena. Como família, mesmo de Deus, teremos conflitos. Vez por outra falharemos naquilo que o Senhor espera de nós. Então, devemos estar dispostos a perdoar e a pedir perdão; não poucas vezes, mas muitas; quem sabe até 70 vezes 7, e do jeito que nosso Pai nos perdoa (Mt 18.22; Cl 3.13). Nossos irmãos, mais cedo ou mais tarde, irão nos ofender, mas não vão deixar de ser nossos irmãos. Que fazer nessas horas? Perdoe, obedeça a Deus, não ao seu coração, que muitas vezes se endurece. Saiba também reconhecer suas falhas. Vemos muitos fracos na fé, desanimados, desgostosos por causa do que os outros fizeram. No Jardim do Édem, Adão culpou Eva e Eva lançou a culpa na serpente, nenhum deles admitiu a própria responsabilidade. Essa mesma tendência má continua hoje. Muitos cobram dos outros, o que eles mesmos não fazem. O problema nunca será resolvido enquanto sua causa não for removida. Muitas vezes essa causa está em nós, não no outro – lembremo-nos de Caim.
Como você imagina que deva ser a família de Deus? Seja você assim. Não é com gritos de guerra, orações poderosas, músicas inspiradoras, marcha na igreja, lágrimas, risos, emoções ou fervor que se derrota Satanás. Se não houver perdão e reconciliação, seremos vencidos, e todas estas coisas só servirão de motivo de chacota para nosso inimigo (2Co 2.10), e nossa adoração será semelhante à oferta de Caim. Que Deus nos ajude a agir bem (Gn 4.7).
Pr. Moisés Medeiros
“Quem não vive para servir, não serve para viver”. Desde que ouvi essa frase ela não saiu mais da minha mente. Ela nos lembra uma grande verdade: Deus nos chamou para servir. O próprio Senhor Jesus disse: “Pois o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos”.
Embora sejamos discípulos de Jesus, muitas vezes não seguimos suas pisadas. Ficamos esperando o serviço dos irmãos, reclamamos quando este demora a vir, mas não fazemos o que queremos que os outros nos façam. Quem sente falta de uma visita dos irmãos, está visitando os que também precisam? Quem deseja alguém que evangelize sua família, está disposto a evangelizar a família do outro? Quem precisa de oração, está orando pelos outros que também necessitam de oração? É preciso refletir: “se todos na igreja fizessem o que faço, nossa igreja seria conhecida como uma família de Deus?” Pense nisso e, se for o caso, mude de atitude.
Lembre-se que colhemos o que plantamos. Quer colher amor e cuidado? Ame e cuide dos outros. Um irmão me falou estes dias que, enquanto sua igreja estava sem pastor, todos os dias ele visitava os irmãos. Há pouco tempo, ele esteve em grande aflição devido uma enfermidade de seus pais, mas a igreja em peso o apoiou e esteve com ele. Ele lembrou e foi lembrado, cuidou e foi cuidado, visitou e foi visitado. É isso que pode acontecer a você. Não esqueça que “mais bem-aventurada coisa é dar do que receber” (At 20.35).
Não podemos dizer também que ninguém na casa do Senhor tem feito o serviço. Elias, uma vez, tentou dizer a Deus que ele era o único profeta do Senhor. Mas o Pai lembrou-o de que haviam mais 7000 como ele. Nós não sabemos quantos servos há na Igreja, nem o que eles tem feito. Mas podemos tomar a decisão de servir e ter a certeza de que não estamos sós. E no fim, na vinda do reino, terá valido a pena o esforço.
“Quem quiser ser o primeiro, seja o servo de todos”. Mc 10.44
Pr. Moisés Medeiros
Quem é que gosta de ser repreendido? Não é muito melhor sermos elogiados ou honrados? Pode até ser que alguém pense assim, mas diante do que a Bíblia nos ensina sobre a correção, posso dizer que esta é até melhor que outros temas, como promessas, consolo ou benção. Vejamos.
Em primeiro lugar, a Repreensão nos trás crescimento espiritual. A função do Pastor é admoestar, repreender e exortar. A função da Palavra é ensinar, repreender, corrigir e intruir. É com estas ações que você poderá se tornar perfeito e preparado para a obra (2Tm 3.16-17; 4.2). Podemos dizer que a repreensão bíblica é o agir de Deus através do pregador, por meio da palavra, para nos trazer de volta ao caminho da vida.
Em segundo, a Repreensão revela os verdadeiros amigos. Paulo foi assim com os coríntios, e diante das duras palavras que escreveu àquela igreja, disse não se arrepender de tê-los entristecido, pois aquela tristeza os conduziria ao arrependimento para a salvação (2Co 7.8-10). Do mesmo modo agiu com os gálatas, dizendo que se buscasse agradá-los, não seria servo de Cristo; e que, embora suas palavras fossem tão pesadas, não era inimigo deles, pois dissera a verdade (Gl 1.10; 4.16). Fiéis são as feridas feitas pelo que ama; mas os beijos de quem odeia são enganosos (Pv 27.6).
Por fim, a Repreensão manifesta quem é salvo e quem não é. Diante do cajado, a ovelha se fasta para onde quer o pastor; mas, se tocar um lobo, com certeza ele se voltará contra o pastor e rosnará. Quem é sábio prefere a instrução ao elogio, e torna-se melhor amigo ainda de quem o repreende (Ec 7.5; Pv 28.23). Em contrapartida, o escarnecedor toma como afronta a repreensão, não ama quem o corrige e abomina quem fala lhe a verdade (Pv 9.7; 15.12; Am 5.10). Não repreendas o escarnecedor, para que não te odeie; repreende o sábio e ele te amará. Dá instrução ao sábio, e ele se fará mais sábio; ensina ao justo, e ele crescerá em entendimento (Pv 9.8-9)
Muitas vezes queremos ouvir palavras que nos agradem, mas devemos pedir a Deus que Ele nos fale o que estamos precisando ouvir. Se a palavra do mensageiro não te agradar, pense duas vezes antes de recusá-la. Pense no que escrevi acima, haja como ovelha, e busque agradar a Deus. Caso contrário, O homem que muitas vezes repreendido endurece a cerviz, será destruído de repente sem que haja cura (Pv 29.1). Que o Senhor nos abençoe!
Pr. Moisés Medeiros
“Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o agricultor. Todo ramo em mim que não dá fruto ele o corta, e todo ramo que produz fruto ele o poda, para que produza mais fruto ainda.” João 15.1-2
O capítulo 15 do evangelho de João traz uma ilustração maravilhosa sobre o relacionamento entre o Senhor Jesus, e nós seu povo. Ele é a videira, nós somos os ramos. Isso significa em primeiro lugar que Jesus é a fonte de todo nosso poder, de nossa vida, de toda nossa capacidade (Ef 6.10; 2Co 3.5). Tudo o que temos e somos vem dele, não temos motivo nenhum de nos gloriarmos (1Co 4.7), toda glória pertence a Ele (Sl 115.1). Significa também que não precisamos temer as batalhas da vida, nem nos achar incapazes de fazer a obra, pois é o próprio Senhor quem está conosco nos guiando, e Ele tem todo o poder e sabe fazer o que nos ordenou que fizéssemos (Lc 21.15; Mt 28.20).
O texto nos ensina também que somos chamados para dar frutos. Se estamos de fato em Cristo, em nossa vida haverá amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, mansidão, domínio próprio (Gl 5.22-23); seremos luz, traremos luz àqueles que estão em trevas e edificação aos que estão fracos, fluirá vida de nós para o mundo. Mas, se não estivermos, em vez de vida, transmite-se morte, como o fruto venenoso do joio. Em vez de trazer almas a Jesus, elas serão afastadas. Em vez de edificar vidas, elas serão destruídas por palavras más (Lc 6.45). Estar na igreja e não estar em Cristo, de nada valerá, será cortado e lançado fora. A árvore se conhece pelo fruto. Que frutos tem havido em sua vida? Examine-se e, se for o caso, abra o coração para Jesus (2Co 13.5; Ap 3.20). Frutos são evidência da salvação (Sl 1.1-3; Tg 2.26).
Por fim, aprendemos que sempre temos de nos aperfeiçoar. O Senhor vez por outra nos poda. Essa é a condição para produzirmos mais frutos. Quem acha que já é grande, pára de crescer. Quem pensa que já sabe, pára de aprender. Quem se acha bom, deixa de ser melhor. Quem se acha santo, deixa de se purificar. A altivez de espírito, precede a queda (Pv 3.5-7; 16.18; 18.12). Precisamos pedir a Deus que sonde os nossos corações (Sl 139.23-24) e deixar que o Senhor, vez por outra, lave nossos pés, ou não teremos parte com ele (Jo 13.8). Que a cada dia conheçamos e prossigamos em conhecer ao Senhor (Os 6.3) e quando chegarmos a ser iguais a Jesus, aí sim poderemos dizer que já nos santificamos, crescemos e aprendemos o suficiente (Ef 4.13). Que Deus nos abençoe.
Pr. Moisés Medeiros.
“Pois os filhos deste mundo são mais
prudentes na sua geração do que os filhos da luz” Lc 16.8b. Demorei um
tempo para entender o que o Senhor Jesus quis dizer com estas palavras, mais
hoje entendo que ele realmente falou uma verdade bastante dura para nós.
Trabalhamos por tesouros eternos para um patrão maravilhoso, Deus, mas não nos
dedicamos como deveríamos nesse trabalho.
“Os ‘filhos do mundo’ são
especialistas em aproveitar ao máximo as oportunidades de ganhar dinheiro fazer
amigos e levar alguma vantagem” (Wiersbe). Trabalhadores, modelos, artistas,
esportistas, em todas as áreas seculares vemos pessoas se dedicando, estudando,
abstendo-se de prazeres a fim de obter sucesso. Deveríamos ser igualmente
diligentes quando cuidamos das coisas espirituais.
Li certa vez um desafio numa revista
evangélica que dizia: “Vamos fazer pela verdade o que as seitas e falsas
religiões tem feito pela mentira”. Quantos que estão em caminhos tortuosos tem
se dedicado muito mais do que nós em nossa caminhada? Duas senhoras testemunhas
de Jeová acordavam todos os dias às 05:00h para fazer suas atividades
domésticas e poder sair para pregar às 09:00h. Como tem sido nosso evangelismo? Certo padre afirma acordar às 04:00h e rezar no seu santuário diante de várias
imagens até às 08:00h. Como tem sido nossa oração diante do Deus vivo? Bin
Laden, sendo milionário, vivia sem nenhum luxo em cavernas e empregava todo seu
dinheiro na sua causa islâmico-terrorista. Quantos de nós não achamos que
estamos fazendo muito quando damos um simples dízimo (At 4.34-35)?
É triste irmãos, mas é verdade.
Temos feito pouco pelo reino dos céus! Que nossa oração possa ser: “Oh Deus,
tem misericórdia de nossas negligências e aviva as nossas almas para te
servirmos mais”. Que cada um de nós possa se sentir desafiado a fazer pela
verdade mais do que o que as seitas e falsas religiões tem feito pela mentira.
Que corramos de tal maneira que alcancemos o prêmio (1Co 9.24-27; Hb 12.1-2) e
que Deus nos ajude.
Pr. Moisés Medeiros.